Amizade e a quarentena
Dia do Amigo ● 20/07/2020
O isolamento social fez as pessoas se reinventarem para manterem o contato, mesmo que à distância. Diante desse novo “cenário” ter amigos presentes, mesmo que virtualmente, se tornou uma necessidade para manter a sanidade mental.
Antigamente, a família era tida como o principal alicerce e única forma de apoio para contar diante das dificuldades cotidianas, mas essa realidade também sofreu mudanças. Segundo a psicóloga clínica, Caroline Bartier, estudos comprovam que a família não possui mais essa prioridade, apesar de ser um norte para o desenvolvimento de habilidades sociais necessárias para o amadurecimento. “Quando somos crianças, nos primeiros anos escolares aprendemos a nos socializar com outras crianças e é nesse ponto que percebemos a existência de outras formas de vivências e experiências dentro de outros grupos. Dessa forma, ampliamos nosso desenvolvimento e respeito pela diversidade, aumentando o nosso repertório cognitivo emocional”, explicou.
Estudos mostraram ainda que, mesmo que a família seja bem estruturada, ela nunca será “perfeita”, e é por isso que o amigo pode “preencher” essas lacunas. Porém, os amigos não substituem a família, mas somam e proporcionam um papel fundamental em nossas vidas. “Aristóteles, famoso filósofo grego, cita ‘sem amigos, ninguém optaria por viver, ainda que possuísse todos os outros bens’. Ou seja, os amigos fiéis possuem o ‘poder’ de nos ajudar diante das dificuldades da vida, pois percebemos que temos com quem contar além da nossa família. Saber que não estamos sozinhos nos conforta”, destacou.